Democracia stop!




ATENÇÃO!

Uma Democracia a Sério é Perigosa!



É entregar o país à POPULAÇA!

Não, é entregar o país à população retirando-o das mãos das elites que o têm parasitado nas últimas décadas.


Como é que, por exemplo, um trolha pode decidir em assuntos de economia?!

Talvez o faça melhor que os atuais representantes da nação, muitos deles com uma formação tão vasta como Miguel Relvas. 

Todos nós passamos a vida a decidir coisas sobre nas quais não somos peritos: que médico escolher, que infantário para os filhos, que frigorífico comprar, etc. Como o fazemos? Tentando inteirarmo-nos na matéria, escutando o conselho de entendidos, tentando extrair o que parece ser importante para nós, decidindo em conformidade.

Sim, é possível que todos nós tenhamos dúvidas e que nos enganemos muitas vezes.

Enganarmo-nos é inevitável, mas quando isso acontece aprenderemos provavelmente alguma coisa, ficaremos mais habilitados a tomar melhores decisões.

A grande diferença é que estaremos decidir naquilo que realmente nos diz respeito:

Não estamos comprometidos com elites, não somos obrigados a seguir a disciplina partidária e não temos que pagar favores a ninguém.


A verdadeira democracia é a DITADURA DA MAIORIA, ignorando os direitos das minorias!

Todos pertencemos a minorias: ou porque somos idosos, ou porque somos jovens, ou porque somos muito baixos, ou porque somos muito altos, ou porque somos canhotos, ou porque temos o cabelo encaracolado, ou porque somos do Beira Mar.

Proteger os direitos básicos do individuo e das minorias será sempre do interesse de todos.

Esses interesses são de tal modo fundamentais e consensuais que provavelmente serão assegurados constitucionalmente, numa democracia verdadeira.


Iremos passar o tempo em referendos, por vezes contraditórios!

Na verdadeira democracia, o termo "referendo" deixa de ter uma conotação disrruptiva. As pessoas podem tomar parte na maioria das decisões que anteriormente seriam responsabilidade de um parlamento mas estas decisões também podem ser tomadas evitando o sufrágio universal direto. Esse sufrágio precisa de ser, ou originalmente solicitado pelos proponentes, ou posteriormente requerido por um número significativo de cidadãos, tal como apresentado em http://existbetter.blogspot.pt/p/faq-o-caminho-da-democracia-q1-como.html.

Um parlamento síncrono com os interesses das pessoas e gerador de consensos diminuirá o número de sufrágios universais diretos.

Haverá aqui um claro efeito de auto-regulação nos deputados, provocado pela possibilidade de sufrágio universal às suas decisões. Os deputados já não irão decidír motivados apenas por interesses particulares ou pelos interesses de grandes grupos económicos, eles sabem que as decisões podem ser corrigidas, com custos políticos e tentarão "acertá-las", tentarão que sejam minimamente aceitáveis.

Deputados e eleitorado irão convergir no desejo de existirem poucas votações diretas.

Isto é importante para que as votações não sejam vistas como "chatas" pela sociedade civil. Provavelmente os eleitores castigarão as fações que lhes tentarem impor votações frequentes mas, por outro lado, irão mesmo QUERER EXPRESSAR-SE em áreas que considerarem importantes.


Passaremos a tomar as decisões mais populares e não as melhores!

Melhores para quem? Se for melhor para a população e se isso for indiscutível ou, pelo menos demonstrável, então as melhores decisões serão também as mais populares. Se for melhor apenas para algumas elites dentro da população então é possível que as decisões mais populares não sejam as melhores (para essas elites).

As opções vão precisar de ser explicadas com clareza: passarão certamente a ser melhor preparadas e a ser mais amplamente debatidas.


O parlamento deixa de ter qualquer importancia!

De facto, o parlamento, idealmente composto por deputados eleitos em listas abertas, sejam estas partidárias ou independentes, mantém as tarefas de preparação, verificação, revisão e debate dos temas que depois darão lugar a votações.

A "pequena" diferença é que algumas dessas votações, pela sua importância, terão uma dinâmica própria, ultrapassando as paredes do parlamento e permitindo que todos os cidadãos se pronunciem.

1 comentário:

  1. A ideia é:

    Recorrer ao único mecanismo aceite pelo regime atual para obter poder de decisão parlamentar: os Partidos Politicos. Apenas estes podem concorrer à Assembleia da República e então ditar as leis, o Governo e mesmo a Constituição.

    De facto, a própria Constituição proíbe explicitamente que as pessoas tenham poder de decisão direto sobre ela,:a sua aprovação ou alteração está reservada apenas a deputados, em nenhuma circunstancia a população poderá ter voto na matéria.

    O objetivo é assim:

    Permitir que todos os cidadãos ADQUIRAM a capacidade de decisão democrática, através dos representantes PAP.

    Pela primeira vez na História, o PAD apresentará representantes A SÉRIO, porque cada decisão por eles votada dentro do hemiciclo será previamente sufragada pelos portugueses.

    Em termos populares charma-se combater o fogo com o fogo: Combater a partidocracia com as próprias estrututas criadas para a perpectuar: o tal antro da pseudo-representavidade.

    Partido Anti Partidos é um pouco como um Missíl Anti Misseis:

    Recorre ao institucionalmente necessário formalismo partidário para combater o atual Regime dos Partidos.

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